quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

129º Aniversário Sociedade Instrução e Recreio

A SIR está de parabéns. A 8 de Dezembro de 1880 surgia da vontade de alguns amigos esta tão popular colectividade. 
Não é muito clara esta primeira fase em que tomou o nome de “Assembleia Elvense” 
para mais tarde (1886) se passar a designar Sociedade Recreio Familiar e só em 1897 tomou a actual designação de Sociedade Instrução e Recreio bem como a criação
dos Estatutos. Prometemos voltar ao tema, mais tarde, para o dissecarmos e trazermos a História aos nossos dias. Quisemos no entanto assinalar esta data, reproduzindo aqui depoimentos de gente envolvida neste projecto que teve início
à 6 meses, ouvindo o Presidente da Direcção, Luís Pires, um Director da Secção Cultural e um da Desportiva.




Luís Pires, Presidente da Direcção



















Seis meses à frente dos destinos da Sociedade significam, por certo, muito trabalho.
Qual o balanço que se pode fazer deste primeiro período?

 
LP- Tem sido muito trabalhoso, mas ao mesmo tempo gratificante pois sentimos
que cada dia que passa a nossa Sede Social está cada vez mais habitável. Aos poucos
temos vindo a remodelar as instalações, nomeadamente as fachadas frontal e traseira, bem como a pintura dos quintais, a lareira foi completamente
arranjada, passámos a ter uma Secção Desportiva toda remodelada e com uma sala lindíssima. O nosso salão que durante muitos anos, foi servindo de
armazém, neste momento e depois da beneficiação introduzida, tem a beleza e as
condições necessárias para um conjunto de actividades que durante  toda a semana vão acontecendo, tais como a ginástica com o grupo “Alto Espírito”, aulas de Viola, Danças de Salão, Kuduro com o grupo “Kids of The Kuduro”, ensaios da Tuna da Escola Agrária, ensaios da Associação Arkus etc.
Tudo isto com a intenção de dinamizar a nossa Sede, nunca esquecendo todos
os eventos que durante estes 6 meses já realizámos, nomeadamente um Tributo a Amália Rodrigues justamente para assinalar a passagem do 10º aniversário da sua morte, 2 Verbenas, festas para a juventude, apresentação do nosso mais recente projecto: “A Industria da Voz”. Em suma, penso que o balanço só pode ser positivo.


Numa Sociedade onde cada vez mais se
vê trabalho realizado, nota-se que há
mais gente a aparecer e a querer fazer
parte desta grande família. É assim?


LP - É claro que quando começámos com esta aventura (e fomos logo rotulados de termos uma lista de miúdos), a nossa intenção era fazer um trabalho onde não se excluísse ninguém, quer tivessem votado ou pertencido a outra lista, ou que estivessem contra este projecto. Tentámos ao longo destes meses desenvolver um trabalho que dinamizasse a SIR, pois só com muito trabalho é que poderíamos ter cada vez mais pessoas interessados em ajudar o Recreio a crescer cada vez mais. E, nesse senti do, fizemos uma série de parcerias para nos ajudar na dinamização da Sede Social. Conseguimos estabelecer parcerias com a Associação de Estudantes da Escola Agrária, com o grupo Arkus, com Prof. Juan Diego nas Danças de Salão, etc. Todos sabemos que só trabalhando
afincadamente, com muita dedicação e dinamismo é que conseguimos contagiar
as pessoas por um lado e obrigá-las a envolverem-se activamente nas iniciativas da
Nossa Sociedade.


















Tal como foi dito na Assembleia aquando da votação, um dos pontos fulcrais a que esta Direcção se propunha era justamente a reformulação dos estatutos. Em que fase nos encontramos e para quando a apresentação aos sócios?
LP - Neste momento temos o projecto de estatutos completamente elaborado e pronto para ser aprovado, assim os associados o entendam. Será marcada brevemente (Mês de Janeiro) pelo Presidente da Assembleia Geral, Dr. Higino Guerra, uma Assembleia geral extraordinária para tal efeito, mas como uma coisa leva a outra, é também nossa intenção candidatar a SIR a Estatuto de Utilidade Pública, pois neste momento e com a quantidade e sobretudo qualidade de actividades existentes no Recreio, estarão seguramente reunidas as características fundamentais exigidas para tal propósito e que muitas vantagens traria para esta colectividade.

Pouco se tem ouvido sobre a participação
da SIR no próximo Carnaval de Elvas. Seguramente
que estará já a ser preparado
tal evento. Que novidades nos podes dizer acerca
disso?


LP - Como é do conhecimento público a SIR tem várias Secções e uma delas é a Secção de Carnaval, que se encontra a trabalhar arduamente para que a colectividade tenha, uma vez mais, uma boa prestação. As novidades são que mantivemos a mesma Comissão de Carnaval que tem estado à frente deste projecto há já alguns anos e, se calhar, ao contrário do que algumas pessoas apregoavam antes das eleições, que iríamos destruir tudo o que estava, enganaram-se rotundamente. Não só mantivemos tudo o que existi a (à excepção do Futebol Feminino), como aumentámos as secções e assim, a par das já existentes (Secção Desportiva , Secção de Carnaval e Secção de Xadrez) juntámos, em boa hora, a “Industria da Voz” e a Secção Cultural. E futuramente outras irão surgir. Estejam atentos.

Tudo isto será motivo de orgulho para uma Direcção que, diga-se, tem galvanizado sobremaneira a nossa Sociedade. Com o Futsal em excelente performance e a parte cultural com uma dinâmica
fantástica, arrisco perguntar qual será então a meta a atingir, já que os objectivos foram claramente superados nestes seis meses de actividade.


LP - Sim em relação à Secção Desportiva está a surpreender sobretudo aqueles que não têm acompanhado este projecto porque para nós, é apenas o fruto de um trabalho sério, e altamente organizado. Esta Secção conta com pessoas ligadas à
muito tempo ao futsal em Elvas, como é o caso do Vítor Barreto e do João Dias e depois juntaram-se-lhes outros dirigentes com muita experiência, na forma como funcionam os departamentos de Futebol dos clubes, como é o caso do Sr. Martinho. Contamos com um grupo de atletas que se entregaram a este projecto de corpo e alma e, aliado a isto, temos a sorte de poder contar com uma pessoa muito importante na equipa como é o Prof. João Ruas. Em suma, conseguimos reunir uma equipa competente e dedicada e, quando assim é, os resultados vão aparecendo naturalmente. No campo cultural verificámos que era aí, que existi a uma das maiores lacunas desta Sociedade. Sendo a SIR uma Sociedade frequentada por imensas pessoas que estão, de uma forma ou outra, ligadas à cultura e à música, então era só aproveitar a capacidade e conhecimentos destes elementos e dar-lhes a liberdade, as condições e os meios necessários para poderem desenvolver os projectos que todos temos visto acontecer nestes 6 meses, como nunca se tinha visto no Recreio. Para isto muito têm contribuído pessoas como o Sr. Roberto Cabral (o Kikas) e o Luís Penetra, entre muitos outros que, de uma forma desinteressada, têm colaborado com esta direcção, e aos quais aproveito a oportunidade, par agradecer em nome da Direcção e, pedir para que todos juntos continuemos a levar o nome da SIR o mais alto possível. Respondendo concretamente à pergunta, a Meta será continuar a trabalhar de forma desinteressada, dinamizando, criando mais actividades, servir os nossos associados e proporcionar aos jovens outro tipo de alternativas.



Roberto Cabral, Director para as actividades culturais


A SIR está toda ela mais alegre e rejuvenescida. Do trabalho até aqui levado a cabo, qual o balanço que se pode fazer?

RC - o balanço só pode ser francamente positivo, no senti do de que têm sido feito um trabalho coerente e eficaz no à animação da instituição diz respeito. Obviamente que existe muito ainda por fazer mas na verdade a sociedade está a ser frequentada por muito mais gente e muitas
delas até nem conheciam a colectividade e o potencial que esta têm. Em aproximadamente seis meses a Sociedade ganhou uma nova vida e temos senti do que a grande parte dos sócios e simpatizantes está deveras satisfeita com o trabalho que esta direcção tem vindo a desenvolver.



Pessoalmente para ti , o que é que te tem dado mais gozo realizar?

RC - Sem dúvida que o projecto da “Indústria da Voz” é algo que a mim me satisfaz bastante, até porque estou muito ligado a esta iniciativa. Ver a rapaziada evoluir dia após dia e dar vida a este espaço têm sido algo indescritível. A sociedade ganhou muito com este projecto e ganhou alguma notoriedade, apesar de o principal objectivo da iniciativa não seja tirar qualquer parti do daquelas vozes mas sim ocupar de uma maneira saudável o tempo daqueles
jovens e ajuda-los a cantar melhor e quem sabe muitos deles tenham possibilidade de vingar no mundo da música. Enquanto actividade singular tenho de afirmar que o Tributo a Amália Rodrigues foi sem dúvida um dos projectos mais ambiciosos que realizámos e que deu muito prazer a todos os que estiveram envolvidos nesta iniciativa.


Com tanto trabalho já feito, muito haverá ainda para concretizar. Existem planos para o futuro? Até onde pensas que esta Sociedade poderá chegar?



RC - Uma Sociedade não pode colocar limites e dizer que esta tudo feito. Planos para o futuro existem e não são poucos. Queremos dar maior relevo à solidariedade e ajudar quem mais precisa. Queremos mais gente a frequentar a instituição. É nosso desejo dar início a uma série de exposições de pintura, escultura, fotografia, etc... e queremos também que os sócios se envolvam mais na Sociedade, criem e realizem as suas próprias actividades, afinal de contas a S.I.R. somos todos nós e todos temos o dever de ajudar a que ela cresça em todos os sentidos.


Os Vossos projectos têm sido bem aceites pela comunidade de Sócios? Dinamizar uma Sociedade com as características da SIR tem sido tarefa fácil? E vale a pena tal esforço?

RC - Pensamos que sim. As pessoas dizem que a S.I.R. está diferente, melhorou significativamente. E na verdade as actividades têm sido notícia nos meios de comunicação locais e regionais todas as semanas o que só pode ser positivo. Se têm sido uma tarefa fácil?!?! Penso que sim, porque o que fazemos está a ser feito de forma desinteressada e em prol da nossa “casa”. Agora se podia ser mais fácil podia, se contássemos com mais participação dos sócios e penso que no dia em que os associados e simpatizantes se deixarem envolver ainda mais na colectividade esta vai ser, se já não o é, a melhor sociedade da região. Quando falamos de trabalhar no senti do de estarmos bem na nossa casa todos os esforços valem sempre a pena, SEMPRE!!!

Em jeito de remate final, o que é que porventura têm em mente que ainda não tenha sido possível realizar?


RC - Como anteriormente referi, penso que o lado mais social da S.I.R. é algo que deve ser vincado futuramente. Só assim uma a sociedade e o mundo onde vivemos pode evoluir. Queremos criar parcerias públicas, privadas. Queremos estar junto das outras associações, queremos dar mais vida à cidade dentro das muralhas, queremos estar vivos e queremos deixar a porta aberta a todos os que queiram criar e intervir na vida da instituição e a partir daí tudo é possível acontecer. Esta publicação também é sinal de que algo está a mudar não é verdade? Parabéns a todos e em especial à colectividade por mais um aniversário. Já agora, para o ano estamos na 3ª divisão de certeza. 
Um abraço.

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